As meninas ricas do Lar Doce Lar - Caldeirão do Huck  

Posted by: Rose Porciuncula in

Ensaiei diversas vezes esse post e fui deixando para outro dia, mas sempre comentando com amigos e parentes.

Enviei o vídeo para muuuuuita gente, pois me emocionou de mais fora o fato de eu ter realmente achado que foi o melhor programa que o Luciano fez e inclusive já tinha falado isso para ele.
Passeando hoje pela internet me deparei com o blog da Fernanda Reali que diz tudo e mais um pouco do que queria dizer.
Aí vai o post tão adiado e uma lição de cidadania e capacidade.

No sábado, assistindo ao quadro Lar Doce Lar no programa do Luciano Huck, invejei a mãe de duas meninas, Silvana Rodrigues, que as criava com apenas R$ 300,00 ao mês, mas com valores riquísimos, com a medida exata das coisas essenciais: formação de um pensamento não consumista, cidadania, disciplina e GRATIDÃO. As três eram muito pobres, mas tinham gratidão por cada pequena aquisição e tinham o hábito de coletar roupas usadas doar aos que têm tão pouco quanto elas.
Fizeram uma tábua dos desejos, coisas que elas gostariam de adquirir e coisas importantes para doar, materializando seus sonhos. Coisas que eu posso fazer para melhorar a minha casa de um lado e o que o universo pode fazer para melhorar a minha vida do outro lado da tábua. Esforço e fé.
Foi o melhor programa dos últimos tempos, em relação à família escolhida, embora os prêmios dados e as melhorias que elas obtiveram tenham sido acanhadas, ao meu ver. Faltou dar uma bolsa de estudos para cada uma das três, faltou montar uma pequena biblioteca na casa, entre outras coisas.
A partir de diálogos no twitter, Carol escreveu um post contrapondo os valores ricos da família Silveira com as declaraçõe do milionário filho de Eike Batista à Revista Veja Rio.

Leia trechos do texto da Carol do blog Histórias no ônibus.
" Sábado (dia 18), assistindo o programa Caldeirão do Hulk, na Rede Globo, vi a personalização de todos esses ensinamentos que tive: a família Rodrigues. Uma mãe e duas filhas, vivendo com 300 reais por mês, morando numa casa resumida a uma peça, mas incrivelmente organizada e limpa, com as crianças frequentando escola, aula de música, curso profissionalizante… A mãe se desdobrando em mil para que as filhas possam estudar e, quem sabe um dia, frequentar uma faculdade.
A menina mais velha, de 16 anos, assim como a irmã de 12, nunca tinha entrado em uma loja para comprar roupas, mas disse que se começasse a trabalhar e ganhar dinheiro, não ia fazer isso, pois tem outras necessidades, como ajudar a mãe no sustento da casa. Lição de vida, né? Além disso, disse que adora estudar e ler.
A família leu “O Segredo” e pôs em prática as lições sobre a lei da atração. Funcionou. Levou Luciano Hulk até lá e ele pode dar um pouco mais de conforto àquela família, oportunizar tratamentos médicos (a mãe queria ir ao oftalmo para poder voltar a ler!), arrumou o negócio de venda de lanches…
Dá para ver todo o programa AQUI, mas já adianto que é muito emocionante. Se você chorar fácil, pegue um lencinho ;)
Alguma dúvida de que a casa será bem cuidada e bem aproveitada? Nenhuma. Existe uma pequena distância entre perseverança e riqueza. E eu não falo da riqueza de dinheiro, mas sim de espírito, porque essa é que traz tudo de bom para a vida de uma pessoa. Essas três mulheres são ricas de duas coisas que ninguém nunca pode tirar delas: perseverança e educação. E educação, como eu já disse, leva você aonde você quiser.
Aí, ao mesmo tempo em que vemos uma história emocionante e motivadora como a da família Rodrigues, lemos uma notícia sobre Thor Batista, filho do empresário Eike Batista (listado pela Forbes 2011 como o 8º homem mais rico do mundo), em que consta o seguinte: “Apesar do começo precoce nos negócios, Thor não é exatamente estudioso. Só concluiu o ensino médio no supletivo, nunca leu um livro inteiro e trancou o curso de Economia do Ibmec no 1 ano.”.

Thor Batista
(...)
A única coisa que posso pensar disso é que as pessoas não sabem aproveitar as oportunidades que têm, ainda mais aquelas que já nasceram com as oportunidades batendo a sua porta. Thor tem dinheiro, mas não quer estudar. As meninas da família Rodrigues não têm, mas sabem que só estudando podem vir a ter um dia.
(...)
Imagens: Caldeirão do Huck e Extra
*
Depois de comparar essas pessoas (superficialmente, como a mídia as mostrou, pois não as conheço na vida real), desejo mais ainda criar os meus filhos nos parâmetros que a mãe do Lar Doce Lar criou suas filhas, muito focadas no SER e com gratidão ao TER.
Você assistiu ao programa? O que achou da tábua dos desejos da família?
Atualizando
A família do Lar Doce Lar tem um enorme sentimento de gratidão. Antes de receber o presente do programa, elas já tinham essa gratidão à ONG que ensina música para as filhas.
Nos últimos minutos do video, você verá Luciano Huck perguntar a elas como foi dormir pela primeira vez na casa reformada, com tudo bonitinho. E me chamou a atenção a resposta: -"abraçamos os travesseiros, as almofadas, cheiramos tudo, agradecemos por tudo".
Enfim, gratidão novamente. Dar valor ao que se tem, por pouco que seja. Ao ver o video inicial, observe que elas não têm armários, são caixotes empilhados, mas com as roupas absolutamente arruamadinhas, dobradas, caprichadas, muito melhor do que se vê em muitos closets.
Lembrando que o CALDEIRÃO DO HUCK é um programa de entretenimento, em um horário nobre da TV, com patrocinadores, e não um programa beneficente, veja o pertinente comentário do Lufe (clique aqui para conhecê-lo):
"Fernanda, Não vou questionar se por trás de tudo esta o Marketing, o “merchan”, pois acho que no geral isto é irrelevante. Afinal o cara esta apresentando o seu programa de entretenimento. O que realmente interessa nessa historia é a dignidade, o amor e a educação, que essa senhora conseguiu nos transmitir ao apresentar sua família. Ela nos mostrou que uma pessoa, por mais miserável que seja, consegue ser digna.
As oportunidades existem, as usa quem quer, e ela quis. Para catar seu papelão, ela contatou as pessoas que separavam o lixo seco para ela. Começou na Xepa, ajudou os feirantes a armar e desarmar as barracas, e passou a receber deles a feira. Recebia doações e redoava o excedente Manteve as filhas na escola. Colocou as filhas numa ong para o aprendizado da musica. Lia e repassou a elas o habito de leitura. Utilizou o que aprendia nos livros. Cultivava hortaliças orgânicas e presenteava os vizinhos, sempre com um bilhete com uma frase de incentivo.
Cultivam o crescer espiritual, o “ser”. E tudo isso com muito amor, sem derrotismo, sem recalques. Nesta época onde as redes de TV apresentam em seus noticiários o que há de mais desgraça e derrotismo neste pais, as bandalheiras, os desvios de dinheiro e conduta, a perda de valores, a violência, o Sr. Huck nos brinda com essa perola. Isso nos faz acreditar que ainda temos jeito como sociedade e nos faz pensar muito em nossas responsabilidades como cidadão.
As pessoas precisam de muito pouco para “ser”. Amor, compreensão, solidariedade, oportunidade, dignidade, respeito, valores. Muito disso podemos ajudar a ter, basta a gente
querer. Fica ai o exemplo. A gente tem mais é que olhar a nossa volta."
 

This entry was posted on terça-feira, agosto 16, 2011 and is filed under . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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