O Estado De Coma Ante Os Conceitos Espíritas.  

Posted by: Rose Porciuncula in

Continuo tentando exaustivamente entender de todas as maneiras possíveis o estado de coma e vou dividindo aqui os meus aprendizados............

A palavra "coma" advém do termo grego koma, que significa "estado de dormir", mas estar em coma não é o mesmo que estar dormindo. 
Alguns pacientes em estado comatoso podem sair do problema depois de algum tempo. 
Porém, há uma grande diferença entre estar em coma e estar em estado vegetativo. 
Este último é um tipo de coma em que o paciente, quando desperto ou quando dorme, não reage aos estímulos. 
Há vários conceitos e muitas incertezas sobre esses estados de inconsciência. 
Sabe-se, porém, que as taxas de sobrevivência ao coma são de, até, 50%, e pouco menos de 10% saem do coma e conseguem uma recuperação completa. 
Os pesquisadores acreditam que a consciência depende da constante transmissão de sinais químicos do tronco cerebral e tálamo para o cérebro. 
Essas áreas estão conectadas por caminhos neurais chamados Substância Reticular Ativada. 
Qualquer interrupção nessas mensagens pode colocar a pessoa em um estado alterado de consciência.
O corpo físico de uma pessoa em coma não é capaz de perceber os estímulos internos e externos e de reagir, fisicamente, a esses estímulos apreendidos. 
Mas, espiritualmente, o indivíduo é capaz de perceber o que acontece em seu redor. 
Em verdade, quando o corpo entra em um estado neurofisiológico alterado ("estados alterados de consciência"), como o sono físico, o sonambulismo, o êxtase, o coma, etc., o perispírito tem possibilidade de expandir-se, e o Espírito se liberta, parcialmente, do corpo em repouso, embora ainda ligado, a esse, por um "laço" fluídico, sem o qual desencarnaria. 
A Doutrina Espírita explica que o homem é constituído de três partes: o corpo físico, que possui automatismos biológicos dirigidos pela mente; 
o Espírito, centro da inteligência, indestrutível, que sobrevive à morte do corpo, libertando-se e retornando à vida espiritual, para voltar à vida material em uma nova reencarnação; e, finalmente, 
o perispírito, laço de união entre o Espírito e a matéria, corpo fluídico semi-material (energético) que "reveste" o Espírito e permite a ligação, deste, com o corpo.
Na Codificação, não encontramos farta referência sobre o coma, propriamente dito. 
Contudo, podemos compreender o que se passa com o Espírito no estado comatoso, refletindo as lições dos Benfeitores Espirituais, consoante explica O Livro dos Espíritos sobre "estado de letargia e morte aparente." (2) Para Kardec, "a letargia e a catalepsia têm o mesmo princípio, que é a perda momentânea da sensibilidade e do movimento (...)". 
Portanto, se no sono e na letargia a alma não fica presa ao corpo, a fortiori não ficará presa no coma, até porque "(...) o Espírito jamais fica inativo" (3) 
No entanto, há pacientes, em estado de coma, que muitas vezes ficam presentes no local onde seus corpos ficam paralisados, presenciando o que ocorre ao seu redor ou em qualquer lugar, à semelhança do que confirma o caso Rom Houben. 
Se familiares, amigos ou médicos conversarem com o paciente, podem ter a certeza de que ele terá condições de ouvir e ver, sem, contudo, ter a capacidade de dar a resposta "física". 
Pode, até, surgir, normalmente, em sonhos, pois quem está aprisionado na cama é o corpo e não o Espírito. 
Portanto, o Espírito não fica preso o tempo todo ao corpo doente, pois, neste, só funciona a vida vegetativa e, nesse estado, o corpo só precisa do Espírito para mantê-lo vivo; o Espírito, somente "preso ao corpo" ficaria inativo, sem condições instrumentais para evoluir. 
Por isso, sabemos que, no coma, o Espírito poderá estar em outras dimensões, sem estar adstrito ao corpo, em situação semelhante ao de uma pessoa dormindo.
A miopia médica, para as questões espirituais, tem atrasado os avanços necessários para o tratamento integral do ser humano. 
A causa para alguém passar muito tempo em estado de coma, embora com profunda consciência na intimidade do ser, e compreendendo a Lei Divina como perfeita, é certo que essa experiência deva servir de resgate de débitos morais contraídos em outras vidas, ante a justiça do princípio da reencarnação.

FONTES:
Jorge Hessen
(1) Linda Wouters é a terapeuta e afirmou à Associated Press que pode senti-lo guiar sua mão com uma pressão sutil vinda de seus dedos, e que inclusive percebe sua negativa quando digita uma letra errada
(2) Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos, Rio de Janeiro: Ed. FEB, 2001, questões 422/424 (3) idem, questão 401. 

continuando...
segue alguns relatos, nos quais se encontra no livro ( Vida depois da Vida)

"Tenho um enorme problema ao tentar contar-lhe isto, pois todas as palavras que conheço são tridimensionais. Enquanto aquilo estava a acontecer-me, pensava:"Quando aprendi geometria, ensinaram-me que só existem três dimensões e nessa altura aceitei o facto sem reflectir. Mas estavam enganados. Existem outras." E, evidentemente, o nosso mundo - aquele em que vivemos agora - é tridimensional, mas o próximo não o é certamente. É por isso que é tão difícil contar. Tenho de descrevê-lo empregando palavras tridimensionais. Isto é o melhor que consigo explicar, mas não é a forma adequada. Não consigo realmente dar-lhe uma imagem completa."

"Estava no hospital, mas eles não sabiam o que eu tinha. O meu médico, o Dr. James, mandou-me para o piso de baixo, a fim de o radiologista me fazer um exame ao fígado, para tentarem descobrir do que se tratava. Primeiro fizeram-me um teste do medicamento que iriam usar, porque sou alérgica a muitas drogas. Como não houve reação, continuaram. Quando o injectaram, porém, tive uma paragem de coração. Ouvi o radiologista que estava a tratar-me ir ao telefone e senti perfeitamente que estava a marcar um número. Ouvi-o dizer:"Dr. James, matei a sua doente, a Sr. Martin." Eu sabia que não estava morta. Tentei mexer-me ou manifestar-me, mas não consegui. Quando estavam a ressucitar-me, consegui ouvi-los dizer quantos centímetros cúbicos deviam dar-me de qualquer coisa, mas não sentia as agulhas. Não sentia coisa alguma quando me picaram."

"De repente senti dores muito fortes no peito, como se me tivessem enrolado e apertado uma barra de ferro à volta do peito. O meu marido e um amigo nosso ouviram-me cair e precipitaram-se a ajudar-me. Encontrava-me numa profunda escuridão. Ouvia o meu marido, muito longe, dizer:"Desta vez é que foi!" E eu pensei:"É verdade".

"Uma doente minha teve uma paragem cardíaca quando um outro cirurgião a operava comigo. Estava mesmo ao pé dela e vi as suas pupilas dilatarem-se. Tentámos a reanimação durante um certo tempo,mas, como não obtivemos resultados, pensámos que morrera. Disse ao outro médico:"Vamos experimentar mais uma vez. Se não der resultado, desistimos." Conseguimos pôr-lhe o coração a trabalhar e ela sobreviveu. Mais tarde perguntei-lhe se se lembrava de alguma coisa. Disse-me que não se lembrava de coisa alguma, excepto de me ouvir dizer:"Vamos experimentar mais uma vez. Se não der resultado, desistimos".

bjs
meus

This entry was posted on sábado, julho 21, 2012 and is filed under . You can leave a response and follow any responses to this entry through the Assinar: Postar comentários (Atom) .

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