Primeiro livro de 2015....*Ü*
Resenha – Mentirosos
- E Lockhart
Livro: Mentirosos
Título Original:
We Were Liars
Autor (a): E.
Lockhart
Páginas: 271
Gênero: Romance
Subgênero:
Ano: 2014
Editora: Seguinte
ISBN:
9788565765480
Pontuação: ♥ ♥ ♥ ♥
(★) Favoritado!
ISBN:
978857686318-2
Sinopse:
Candence é uma
Sinclair, o que significa que o prestígio é intrínseco a quem ela é, e suas
atitudes devem seguir a mesma linha. Mas, principalmente, significa que, se ela
fizer alguma coisa não tão prestigiosa, os rastros serão apagados e ninguém de
fora da família vai ficar sabendo. É isso que acontece quando se nasce em berço
de ouro.
Todos os anos,
desde a infância, Candence passa seu verão na ilha particular da família. Lá
ela se encontra com seus primos Mirren e Johnny e com o amigo Gat, e eles
passam o verão inteiro juntos aproveitando aquele espaço que fica distante de
tudo. Desde
pequenos, eles são chamados de Mentirosos pela família, por serem muito unidos
e defenderem um ao outro. Os nove meses do ano servem para que eles esperem com
ansiedade pelos verões, que eles dão nome pelo ano da idade que eles tem. Só
que, no verão dos 15, as coisas mudam.
Candence sofre um
acidente nesse verão, e fica com amnésia e dores de cabeça muito, muito fortes.
Ela não se lembra de nada do que aconteceu, e nem mesmo os mais fortes remédios
fazem com que suas dores parem. Só que, pior do que isso, é o fato de ninguém de
sua família aceitar falar com ela sobre o acidente. Dois anos depois, ela
decide que é a hora de retornar à ilha e descobrir o que aconteceu.
Pra começo de
conversa, preciso avisar que esse é, sem dúvida, meu livro preferido do ano.
Não me lembro de ler uma história tão bem desenvolvida quanto Mentirosos há
muito tempo. A história é complexa e profunda, mas ao mesmo tempo é tão sutil
que te faz, ao mesmo tempo, amar a história e se sentir em conflito sobre o que
sentir em seguida.
Para começar, os
Sinclair são o perfeito retrato das famílias gananciosas e ricas que nós
sabemos que existe por aí. Todos tem que parecer perfeitos, independente de
qual seja a realidade. Os mais novos são os que mais sentem isso: eles são
obrigados a agir como se fossem pessoas normais – uma das coisas que se repete
no livro, essa necessidade obrigada de parecer perfeitamente bem – mesmo quando
eles estão sofrendo ou abatidos.
E Candence se vê
no meio do problema por ser a neta mais velha e, assim, a herdeira. Ela tem que
manter a compostura que foi criada para ter durante toda a sua vida, mas tem
uma lacuna que ela não consegue preencher – e que ninguém está disposto a
preencher por ela. Ela pertence a família, mas não consegue se sentir um membro
– pinta os cabelos para não parecer com eles, e sua condição depois do acidente
a impede de ser perfeita todo o tempo.
“Tinha saído de
uma casa cheia de lágrimas e falsidade e ido para a ilha.
E eu vi Gat,
e vi aquela rosa
na mão dele,
e, naquele
momento, com a luz do sol entrando pela janela e brilhando sobre ele,
as maçãs sobre a
bancada da cozinha,
o cheiro de
madeira e mareia no ar,
eu rotulei de
amor.
Era amor, e me
atingiu com tanta força que me inclinei junto à porta de tela ainda entre nós
para me manter de pé. Queria tocar nele como se fosse um coelhinho, um gatinho,
algo tão especial e macio que seria difícil manter os dedos longe.”
Voltar à ilha é
mais uma das coisas que ela não tem apoio de todos. E, assim que coloca os pés
no lugar que ela conhecera a vida inteira, ela percebe que muita coisa mudou,
mas não consegue identificar isso de cara. Aos poucos, percebendo as mudanças
ao seu redor, Candence vai percebendo também que as memórias que tinha não eram
exatamente como ela lembrava.
A história não é
sobre uma temporada feliz de verão. Em grande parte, a experiência que tive era
de que tinha muito mais coisa acontecendo do que aparecia, mas a sensação de
não saber era a única que conseguía ter. Assim como Candence, precisamos
esperar que as peças se conectem para termos um quebra-cabeça completo do que
aconteceu no verão dos 15, e só então conseguimos entender porque a maior parte
das coisas desde o acidente parecia tão diferente.
A vida parece bela
nesse dia. Nós quatro, os Mentirosos, sempre fomos. Sempre seremos(…).
Essa ilha é nossa.
Aqui, de certo modo, somos jovens para sempre.
É um livro
extremamente inteligente. Lockhart conduziu a história de uma forma sinuosa e
cheia de mistérios que, aos poucos, iam se revelando aos nossos olhos. E,
quando finalmente descobrimos a verdade sobre o que aconteceu naquele verão, a
sensação é de desespero e de compreensão. E aí você volta os capítulos para
reler certas cenas e perceber que, na verdade, todos os indícios estavam bem
ali, na sua frente. E não tem como terminar o livro com a sensação de que, em
meio a tantas histórias, você encontrou uma que é incrivelmente bem escrita e
que não vai esquecer tão cedo.
Livro muito bom,
com leitura que flui bem...
Indico e dou 4
estrelas.
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on quinta-feira, janeiro 22, 2015
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livros e filmes
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